O corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, que perdeu os três filhos para o câncer, também tinha a doença e morreu no domingo, 13, no Ceará. A informação foi divulgada pelos familiares nas redes sociais.

Resumo:

  • O corretor de imóveis Régis perdeu os três filhos para o câncer;
  • Ele também foi diagnosticado com três tipos de câncer;
  • Régis era portador da síndrome rara hereditária chamada de Li-Fraumeni.

“Meus amigos, nunca imaginei fazer essa postagem. Nunca me preparei para esse momento porque sempre tive a convicção da recuperação plena do Régis. É uma dor sem tamanho. O chão se abriu e não sei como serão os dias sem o carinho, o companheirismo e o amor absoluto dele. Agradeço muito todas as orações”, escreveu Mariella Pompeu, companheira do corretor.

Régis Feitosa era portador da síndrome rara hereditária chamada de Li-Fraumeni, que causa uma mutação genética e aumenta a probabilidade em até 90% dos portadores de terem câncer.

Entre os anos de 2016 e 2023, o corretor teve três diagnósticos de câncer: leucemia, linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo. O último foi descoberto enquanto tratava os dois primeiros. Em um vídeo divulgado no Instagram, Régis relatou que iria realizar sessões de radioterapia no rosto, para tratar o tumor que estava comprometendo a musculatura da face.

Há cinco dias, Régis publicou que estava internado para realizar alguns exames e aguardava por um transplante de medula óssea, que teve de ser adiado por causa de alterações nos exames anteriores.

Durante a espera, o corretor de imóveis não resistiu. A família ainda não divulgou a causa da morte.

Morte dos filhos

Em 2018, a filha caçula de Régis, Beatriz, morreu com apenas 10 anos. Ela foi diagnosticada com leucemia aguda e chegou a passar por um transplante de medula, que teve a sua mãe como doadora. Porém a doença voltou alguns meses depois.

Pedro, de 22 anos, foi diagnosticado cinco vezes com câncer e morreu no ano de 2020 com um tumor no cérebro.

A última perda do corretor foi Anna Carolina, de 25 anos. A jovem, que era médica, descobriu um tumor no cérebro em 2021 e morreu no mês de novembro de 2022. Durante a infância, ela teve de realizar tratamentos contra leucemia.