11/08/2023 - 14:09
O alpinista Muhammad Hassan, de 27 anos, morreu depois de ter se ferido gravemente durante uma escalada na montanha K2, que é considerada a segunda mais alta do mundo. Recentemente foi divulgado um vídeo em que mostra os colegas passando por cima do corpo, que foi abandonado no local.
Climbers crossing the most dangerous part of K2; The Bottleneck & the laying man in black & yellow dawn suit is reportedly Muhammad Hassan from Tissar Skardu, who died there and 130 climbers crossed over his body on ascent & descent.
This is gift of commercial climbing #Climbing pic.twitter.com/m7J22AvqtJ— The Northerner (@northerner_the) August 5, 2023
Resumo:
- O alpinista sofreu um grave acidente após uma avalanche;
- Depois que as imagens foram divulgadas nas redes sociais, grupos de montanhistas e alpinistas criticaram a atitude do grupo;
- As condições no local são tão adversas que não foi possível retirar o corpo.
A montanha K2 fica atrás apenas do Monte Everest. Ela tem 8,6 mil metros de altura e fica na fronteira entre o Paquistão e a China.
Muhammad havia sido contratado para ser carregador da equipe de alpinistas. Quando eles estavam a cerca de 400 metros de distância do topo da montanha, houve uma avalanche e Hassan se acidentou.
Um integrante da equipe tentou ajudar Hassan, mas logo em seguida deixou o local. Na altura em que estavam, o ar é tão rarefeito que todas as pessoas tiveram de usar máscaras de oxigênio.
Assim que as imagens foram divulgadas nas redes sociais, diversos grupos de montanhistas e alpinistas profissionais e amadores criticaram a atitude do grupo. O alpinista Wihelm Steindll participou da escalada, mas decidiu voltar para o acampamento mais cedo devido às condições perigosas.
“Foi uma corrida muito acirrada e competitiva até o topo. O que aconteceu lá é escandaloso. Uma pessoa viva é deixada para trás para que recordes possam ser estabelecidos. Foram necessárias apenas três ou quatro pessoas para salvá-lo. Se eu tivesse visto, teria subido para ajudá-lo”, afirmou.
A alpinista norueguesa Kristin Harila, que também participou da expedição, disse por meio das redes sociais que alguns colegas tentaram ajudar Hassan. Teria ocorrido, inclusive, tentativas e içá-lo, mas, naquelas condições, foi impossível.
“Gabriel ficou conversando com ele, tentando mantê-lo acordado na esperança de que ele pudesse ser resgatado. Ele forneceu a própria máscara de oxigênio para Hassan. Mas, naquelas condições adversas, não foi possível sequer resgatar o corpo após a sua morte”, concluiu.