Uma mãe escreveu uma carta angustiante sobre o abuso sexual que sua filha sofreu por um professor em uma creche em Brisbane, Austrália. Ela expressou preocupação por não ter percebido a situação e questiona como isso aconteceu, relata o tabloide britânico Daily Mail. A mãe descreve a relação aparentemente amigável entre a filha e o professor, o que a fez não suspeitar do abuso.

“Me sentia tão segura por saber que minha bebê estava sendo bem cuidada… Mas em meio a tanta beleza, havia uma escuridão. Enquanto ele nos cumprimentava e dizia que nossas filhas tiveram um ótimo dia, ele (supostamente) as estuprava”, escreveu a mãe.

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O homem utilizava estratégias educacionais inspiradas no método Montessori. “Ele adorava arte e encorajava as crianças a se expressarem usando qualquer item que encontrassem”, lembra a mãe. Após o professor deixar a creche, ela e outros pais foram contatados pela polícia para identificar seus filhos em vídeos de abuso.

Ela critica o sistema e defende políticas mais rigorosas na contratação de funcionários de creches, além da verificação de antecedentes criminais. No final da carta, ela oferece apoio a outros pais que enfrentam situações semelhantes.

“Vocês não estão sozinhos. Eu vejo vocês. Pode parecer que o mundo está desmoronando agora, e talvez esteja, mas confie em mim, vai melhorar. A vida continuará enquanto nos curamos, enquanto nossas filhas se curam. Renasceremos das cinzas como seres cada vez mais fortes e corajosos, dispostos a lutar pela mudança de nossos filhos. Cabe a nós defendê-los. O poder está em nossas mãos”, escreveu.

O acusado é um homem de 45 anos, de Gold Coast, Austrália, que enfrenta 1.623 acusações, incluindo estupro e produção de material de exploração infantil. A sua identidade não foi revelada por questões legais. Os crimes ocorreram em várias creches em Sydney, Brisbane e no exterior entre 2007 e 2022. O suspeito foi preso em agosto do ano passado após investigações sobre a circulação de imagens de exploração infantil na dark web em 2014. Ele aguarda julgamento no Tribunal dos Magistrados de Brisbane.