A médica otorrinolaringologista Marília Panontin acusa a Maternidade Santa Joana, localizada na região central de São Paulo, por negligência após um dos seus filhos gêmeos recém-nascidos ter morrido asfixiado ao se engasgar com o próprio vômito, no dia 3 de julho.

Resumo:

  • Por serem prematuros, os gêmeos Davi e Lara tiveram que ficar na UTI para monitoramento;
  • Marília recebeu o boletim médico em que dizia que seus filhos estavam bem e saudáveis;
  • No dia seguinte, ela recebeu a notícia de que Davi havia sofrido uma parada cardíaca e não resistiu.

Os gêmeos Davi e Lara nasceram no dia 1 de julho, depois de uma gestação de 35 semanas. Como eles eram prematuros, tiveram de ser internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para monitoramento. Porém os pais foram informados que os dois estava saudáveis.

No dia seguinte, Marília recebeu o boletim médico que informava que seus filhos estavam bem e estáveis.

No entanto as coisas mudaram na madrugada do dia 3 de julho, quando ela foi acordada pelo companheiro em pratos ao lado de duas médicas. Nesse momento Marília recebeu a notícia de que Davi havia sofrido uma parada cardíaca e não resistiu.

Por meio de uma publicação em seu perfil no Instagram, Marília afirmou que “Davia não se foi, ele foi tomado de mim por negligência hospitalar”. “Desculpe, filho, por termos confiado nas pessoas erradas! Infelizmente, não posso voltar atrás no tempo e te proteger daqueles que deveriam ter te protegido. Prometo fazer de tudo para honrar a sua memória”, completou.

O caso passou a ser investigado pela Promotoria de Justiça e Direitos Humanos, que solicitou os registros hospitalares do bebê para a Maternidade Santa Joana.

À ISTOÉ, a maternidade informou que, por conta do sigilo médico, não pode fornecer detalhes sobre o caso. Mesmo assim, destacou que não detectou qualquer descumprimento dos protocolos assistenciais e “reitera que está à disposição das autoridades competentes para apuração cabal dos fatos”, concluiu.