Um sintoma aparentemente trivial revelou-se um grande problema para a pequena Harper Walker, de apenas 18 meses, moradora da Grande Manchester, na Inglaterra. Um hematoma sob o olho direito da criança é, na verdade, um neuroblastoma em estágio quatro, um raro tipo de câncer.

Jenny, 38 anos, e Adam, 37 anos, pais de Harper, ficaram intrigados quando o olho de sua filha começou a mudar de forma e parecer “caído” após o aparecimento do hematoma. Eles decidiram levar a filha ao médico, que não mostrou muita preocupação com o caso e mandou eles retornarem depois. Como a mancha começou a piorar, os pais levaram a bebê ao pronto-socorro e exames mostraram um neuroblastoma de alto risco em estágio quatro – um câncer que se desenvolve a partir de células nervosas imaturas encontradas em várias áreas do corpo. Ele se espalhou de sua glândula adrenal em seu rim para seus membros, costelas, quadris, crânio e medula óssea.

+ SC: Mulher é assassinada um dia antes de aniversário; ex-namorado é detido

+ Criança de 5 anos é encontrada sem roupas em milharal no interior do Paraná

Em torno de 100 crianças são diagnosticadas com essa doença no Reino Unido todos os anos, enquanto aproximadamente 800 novos casos são relatados nos Estados Unidos. Infelizmente, cerca de metade dos casos desse tipo de câncer se espalha para outras partes do corpo, complicando ainda mais o tratamento.

“Honestamente, para começar, ficamos em choque total, foi como se o mundo tivesse parado. Eu acho que nós dois ainda sentimos que estamos atordoados, às vezes”, confidenciou a mãe.

Com a quimioterapia de indução concluída, a família aguarda notícias sobre a resposta ao tratamento e, dependendo dos resultados, Harper passará por uma cirurgia para remover o tumor primário ou por quimioterapia em altas doses, seguida de radioterapia e imunoterapia.

Saiba mais

Em cerca de metade dos casos, o neuroblastoma se espalha para outras partes do corpo, principalmente para o fígado e a pele. A causa não é clara, podendo existir uma ligação com o histórico familiar.

O principal sintoma normalmente é um caroço no abdômen, causando inchaço, desconforto ou dor. Se a doença afetar a medula espinhal, pode levar a dormência, fraqueza e perda de movimento na parte inferior do corpo. O tratamento depende do grau de avanço da doença e do risco de reincidência após a terapia. Cirurgia, quimioterapia e radioterapia são as técnicas usadas.